Notícias
Dia de debate sobre o futuro da infraestrutura movimenta a capital federal
14 de dezembro de 2023
Evento reuniu autoridades do setor público e especialistas do mercado

Um dia de muita conversa e troca de experiências entre autoridades e especialistas do setor de infraestrutura. Mais de 200 pessoas acompanharam o ciclo de debates no evento “Infraestrutura: Caminhos para transição sustentável”, que contou com a abertura do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Em sua apresentação, ele adiantou que a pasta prepara a criação da Secretaria de Hidrovias, prevista para a primeira quinzena de janeiro.
Segundo Costa Filho, as prioridades da secretaria são a “hidrovia Uruguai-Brasil, a hidrovia da Lagoa Mirim, a hidrovia do Tocantins e a hidrovia do Amazonas, que já pegou recursos com o Fundo da Marinha Mercante”. A expectativa é de que o volume de investimentos desses projetos iniciais seja de R$ 2 bilhões.
No primeiro painel do dia, “Social e Desenvolvimento: Como preparar a força de trabalho para o futuro da infraestrutura”, o CEO da Rumo, João Alberto Abreu, explicou que a baixa qualificação dos trabalhadores é um entrave significativo para o crescimento da economia. “Uma das saídas é a capacitação das pessoas atendidas por programas de transferência de renda, de modo a inseri-las no mercado de trabalho”. Para o CEO da Santos Brasil, Antonio Carlos Sepúlveda, “o setor portuário evoluiu muito na última década. A digitalização dos processos e a automação de algumas operações criaram um perfil de mão de obra mais sofisticado, demandando forte adaptação da força de trabalho”, avaliou. O debate foi mediado pela CEO da Infra Women Brazil, Márcia Ferrari.
No debate sobre “Desenvolvimento sustentável e transição energética”, os palestrantes abordaram a relação entre crescimento econômico e transição energética. O CEO da Hidrovias do Brasil, Fábio Schettino, a empresa assumiu o compromisso de ser carbono neutro em 2030 e algumas importantes ações para mitigar a emissão de gases de efeito estufa já estão em curso. “A construção de nossos empurradores híbridos de manobra, em plena operação, deixará de emitir 2.168 toneladas de CO2 equivalente por ano”. O debate teve mediação da diretora de Sustentabilidade da Hidrovias do Brasil, Fabiana Gomes.
No painel “Financiamento e infraestrutura”, o tema foi a garantia de recursos para investimento no setor num cenário de juros ainda altos. “O cenário econômico é dinâmico e influenciado por fatores como políticas monetárias, condições macroeconômicas e eventos globais que afetam diretamente as taxas de juros e, consequentemente, o ambiente de investimento”, ponderou o CEO da Ultracargo, Décio Amaral. Já para o CEO da EcoRodovias, Marcello Guidotti, “investir em projetos de infraestrutura, como concessões rodoviárias, é uma decisão de investimento de longo prazo. Naturalmente, a taxa de juros no momento da tomada de decisão é uma informação fundamental a ser levada em consideração”. O painel foi mediado pela CEO do MoveInfra, Natália Marcassa.
Para encerrar o ciclo de debates, o MoveInfra reuniu três grandes nomes – Adailton Cardoso Dias (secretário adjunto de Infraestrutura Econômica do PPI), Nicola Khoury (secretário de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflito do TCU e Rafael Vitale (diretor-geral da ANTT) no Papo de infra: O pós-venda" dos leilões. Os palestrantes trataram sobre o processo de execução dos contratos de concessão após a finalização do leilão. O papo teve mediação do jornalista Dimmi Amora.
Por mais mulheres na infraestrutura
O MoveInfra e a Infra Women Brazil (IWB) assinaram Protocolo de Intenção com o objetivo de promover maior participação de mulheres no setor de infraestrutura logística no Brasil. A parceria prevê realização de estudos, intercâmbio de experiências e informações técnicas, realização de encontros e implementação de boas práticas. O IWB é um grupo que reúne mais de 1.500 representantes dos mais diversos setores de infraestrutura dedicado à promoção e incentivo da presença de mulheres no setor de infraestrutura.
Coquetel literário
Os diretores da ANTT, Felipe Queiroz e Guilherme Theo Sampaio e o assessor da diretoria da agência, Allan Milagres lançaram o livro “Pensando o futuro da regulação: desafios, perspectivas e novas tecnologias”, uma coletânea de artigos sobre o modelo regulatório brasileiro e seus impactos nos processos de concessão de projetos de infraestrutura, assinada por diferentes profissionais e estudiosos do tema.

O movimento que reúne as seis maiores empresas de infraestrutura do país (CCR, EcoRodovias, Hidrovias do Brasil, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo) terá Ronei Glanzmann como novo CEO a partir do dia 17 de janeiro. Economista do Banco Central, ele tem ampla experiência no setor de infraestrutura, principalmente no segmento aéreo, tendo passado por cargos de chefia no Poder Executivo durante os três últimos governos federais. Glanzmann assume o comando do MoveInfra após a saída de Natália Marcassa, que estava à frente do movimento desde o seu lançamento, em dezembro de 2022. Marcassa deixou o posto para assumir a vice-presidência de Relações Governamentais, Regulatório e Comunicação Externa da Rumo. O MoveInfra segue sustentado em seus três pilares – Atração de Investimentos, Segurança Jurídica e Compromisso Social e Ambiental – e mantém seu propósito de contribuir para avanços regulatórios e melhoria no ambiente de negócios. O ano de 2025 indica muitos desafios à infraestrutura nacional. O cenário macroeconômico e o avanço das reformas estruturais, previstos para este ano, são fatores fundamentais para o desenvolvimento sustentável da infraestrutura. “É uma agenda realmente desafiadora, capaz de melhorar efetivamente a vida das pessoas. Em 2025, o setor terá uma carteira robusta de projetos em todos os modais, o que torna o investidor ainda mais seletivo, especialmente no atual cenário de juros elevados. Há também muito a ser feito na regulamentação da Reforma Tributária; e levaremos à COP30 caminhos para a descarbonização e a resiliência das infraestruturas logísticas”, afirma Glanzmann. Na avaliação do CEO da Santos Brasil e presidente do Conselho de Administração do MoveInfra, Antonio Carlos Sepúlveda, a chegada de Ronei mostra o compromisso do movimento com o desenvolvimento da infraestrutura. “Glanzmann é um profissional com muita experiência, ocupou cargos importantes na esfera pública, principalmente no setor aéreo. Isso, com certeza, vai agregar conhecimento e credibilidade às nossas pautas”. Antes de aceitar o convite para o MoveInfra, Ronei Glanzmann atuava como diretor comercial, regulatório e institucional do Grupo Aeropart, sendo responsável, entre outros projetos, pelo desenvolvimento do Aeroporto Internacional de São José dos Campos (SJK Airport). Já exerceu o cargo de secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura de 2019 a 2022, diretor de Outorgas, Patrimônio e Políticas Regulatórias da mesma pasta entre 2011 e 2019 e membro da Comissão de Especialistas responsável pela revisão do Código Brasileiro de Aeronáutica no Senado Federal. Glanzmann também atuou como gerente de Análise Estatística e Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) de 2006 a 2011 e como vice-presidente do Conselho de Administração da Inframerica (concessionária do Aeroporto de Brasília) de 2012 a 2016. Foi ainda presidente do Conselho de Administração da Infraero de 2019 a 2022, e membro dos conselhos de administração dos aeroportos de Guarulhos (2019 a 2020) e de Viracopos (2020 a 2023). É bacharel em Economia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), possui MBA em Administração Financeira e Mercado de Capitais pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pós-graduação em Análise Macroeconômica pela Universidad Pablo de Olavide, em Sevilha, na Espanha. MoveInfra O MoveInfra é um movimento que reúne os seis principais grupos de infraestrutura do país, formado por companhias de capital aberto, listadas no Novo Mercado da B3, que classifica as empresas com maiores índices de governança corporativa, e parte no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e no Índice de Carbono Eficiente (ICO2).

O Conselho Diretor do MoveInfra comunica ter recebido em sua última reunião ordinária, realizada na terça-feira (26/11), pedido de renúncia da Sra. Natália Marcassa de Souza do cargo de CEO do movimento empresarial, por motivos pessoais. Natália Marcassa ocupará a posição até janeiro de 2025. O processo de transição já foi iniciado para garantir a continuidade da agenda estratégica do MoveInfra no próximo ano. O conselho do MoveInfra, representado por suas seis empresas associadas (CCR, EcoRodovias, Hidrovias do Brasil, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo), agradece o empenho de Natália Marcassa à frente do movimento empresarial desde sua criação em 2022, tendo contribuído para relevantes avanços no ambiente de negócios do setor de infraestrutura. Antonio Carlos Sepúlveda Presidente do Conselho Diretor do MoveInfra

O MoveInfra, movimento que reúne os seis maiores grupos de infraestrutura do país (CCR, EcoRodovias, Hidrovias do Brasil, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo), aderiu à Coalizão pela Descarbonização do Setor de Transportes para a COP30. O lançamento da iniciativa foi realizado durante a quarta edição do ciclo de seminários "Brasil Rumo à COP30", promovido pelo Grupo CCR em parceria com a Editora Globo, na terça-feira (26.11), na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília. O movimento, proposto pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pelo Grupo CCR e pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, conta com o apoio de diversas associações e empresas privadas de transportes. O objetivo é colaborar com o governo federal na construção das metas de descarbonização do segmento para o novo Plano Clima 2025, que está sendo elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e será apresentado em 2025. Na avaliação da CEO do MoveInfra, Natália Marcassa, o setor de infraestrutura tem o compromisso de reduzir suas emissões contribuindo para as metas estabelecidas no Acordo de Paris. “Nós, do setor de transportes, vamos cumprir essa meta de descarbonização”. O setor de transportes é responsável por aproximadamente 9% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Por meio do diálogo contínuo entre organizações, empresas e governo, a Coalizão reforça a importância de uma abordagem integrada e harmonizada no combate à emergência climática e ao aquecimento global, contribuindo para endereçar as metas setoriais do novo Plano Clima do Brasil.